sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O deficiente sistema político português

Hoje vou falar de algo que, raras excepções, ninguém discute, o que acho algo preocupante, dado os resultados dos últimos anos. Falo do sistema político português, que se define como uma república semipresidencialista, na qual o Presidente da República tem um papel secundário na condução das políticas do Estado, estando essa função reservada à Assembleia da República e mais concretamente, na maior parte dos casos, ao Governo.
Como é do conhecimento de todos nós, Portugal encontra-se na actual situação preocupante (muitos economistas definem-na como insustentável, a caminhar para o “default”) muito por causa da recorrente má gestão dos Governos que passaram pela AR. Provavelmente, muitos dirão que não, mas eu atrevo-me a dizer que se trata de um facto. Infelizmente para todos nós os nossos políticos preocupam-se mais em criar atritos entre si na tentativa de ganhar o apoio dos eleitores em detrimento da situação económica do país. Exemplo disso é o que aconteceu nos últimos três meses, nos quais houve uma série de picardias, que apenas tiveram como grande efeito a subida das taxas de juro da dívida pública, e no final acabou por acontecer o que já se esperava, a viabilização do orçamento. Quem ficou a ganhar, segundo as sondagens foi o Passos Coelho, que desta vez levou a melhor, ou seja, por causa da obtenção de uma maioria nos votos, vimos a nossa dívida aumentar ainda mais (dados os juros pedidos serem superiores), o que, na minha modesta opinião não se justifica, nesta “altura do campeonato”.
Com isto, onde eu quero chegar é ao que eu considero um deficiente funcionamento do Estado, ou seja, o sistema semipresidencialista há muito que deveria ter sido reformado, pois apenas tem sido usado com intuitos desapropriados, dado o mau uso do poder que os políticos usufruem e que nos têm levado às bocas do mundo pelas piores razões.
Por último, faço apenas uma ressalva, uma vez que não me sinto em condições de falar o melhor possível sobre o assunto, dado que não possuo o conhecimento suficiente para entrar em detalhes, contudo, apelo às pessoas para darem a sua opinião acerca de um tema que eu considero fundamental discutir.

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