sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Ano 2010: O que não fazer para reduzir o défice!

Estando quase o ano de 2010 na sua recta final, começa a chegar a altura de tirar ilações acerca do que se passou para que as últimas estatísticas divulgadas pelos órgãos correspondentes a nível nacional (INE) e comunitário (Eurostat) sejam tão negativas, no que ao grande objectivo do Estado português diz respeito, ou seja, redução do défice orçamental.
Olhando para as mesmas, percebemos que os sacrifícios pedidos aos Portugueses foram uma mera manobra de diversão de um cada vez mais incumpridor Governo. Vejamos, foi-nos pedido que fizéssemos sacrifícios aquando o aumento de impostos, em Maio. Contudo, recentemente noticia-se que esse mesmo aumento apenas serviu para encobrir mais despesa, que continua em crescimento face ao período homólogo (lembremo-nos que a despesa em 2009 foi deveras elevada devido ao combate à crise, ou seja, mais preocupante é perceber que ainda assim este ano estamos a gastar ainda mais), quando, supostamente, estamos em contenção.
Assim, pergunto, o que é preciso fazer para reduzir na realidade o défice (sim, a manobra que foi feita com o fundo de pensões só engana os mais distraídos e os mercados percebem isso)?
Em primeiro lugar, acho que deveríamos reflectir sobre o que de mal aconteceu no presente ano para que a calamidade que se tem verificado não se repita.
Em segundo, seria realmente importante o Governo começar a abrir os ouvidos e a aceitar as propostas interessantes que têm surgido tanto do lado da oposição como de posições externas que por diversas vezes já apontaram o caminho para Portugal sair do “buraco” em que se enfiou. Estas últimas vão dar todas a um ponto concreto, que se denomina competitividade e estímulo da economia, algo que temos perdido sucessivamente ao longo dos últimos anos por diversas razões, nomeadamente a burocracia, o sistema fiscal português, a justiça e a própria educação, que mais uma vez tem grande destaque, na medida em que, a longo prazo, se reflecte que os países com melhores níveis de escolarização são também os mais competitivos (dada a sua mão de obra especializada), o que não acontece em Portugal.
Mas o que se verifica é apenas a preocupação em se garantir os objectivos do défice acordados com Bruxelas, mas nem isso se tem conseguido fazer, o que mais torna visível a incompetência das personalidades que nos representam e mal gastam o nosso dinheiro. Com isto, apenas uma coisa podemos realmente perceber com esta nossa experiência actual, o que não fazer para reduzir o défice, algo em que o Governo tem insistido e se tem saído muito bem, para nosso mal.

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